domingo, 21 de setembro de 2014

A evolução dos modelos atómicos


Nem sempre o homem pensou que o átomo é como o conhecemos atualmente. Foi uma ideia que evoluiu ao longo dos anos. Apesar do primeiro modelo atómico ter sido apresentado já no séc. XIX, a ideia de que a matéria é feita de pequeníssimos corpúsculos surgiu há muito, muito tempo.
No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo Demócrito imaginaram a matéria como sendo constituída por pequenas partículas indivisíveis - os átomos, como lhes chamaram. Concluiram que a matéria não poderia ser infinitamente divisível. Se a partíssemos variadas vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena, indivisível e impenetrável a que se denominou átomo. Esta é uma palavra de origem grega que deriva de "a + thomos" , que significa "sem divisão". Esta ideia de que os átomos seriam pequenas partículas indivisíveis perdurou durante mais de vinte séculos.

Modelo Atómico de Dalton


John Dalton, a partir de 1803, retomou a ideia dos átomos como constituintes básicos da matéria. Para ele os átomos eram particulas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis. Cada elemento químico seria constituído por um tipo de átomos iguais entre si. Quando combinados, os átomos dos vários elementos formariam compostos novos. Assim, na sequência dos seus trabalhos, concluiu que:
  • Os átomos que pertencem a elementos químicos diferentes, apresentam massas diferentes, assim como propriedades químicas diferentes.
  • Os compostos são associações de átomos de elementos químicos diferentes.
  • As reações químicas podem ser explicadas com base no rearranjo dos átomos, de acordo com a lei de Lavoisier.
 
Modelo atómico de Thomson

Em 1897, Thomson descobriu partículas negativas muito mais pequenas que os átomos, os eletrões, provando assim que os átomos não eram indivisíveis.
Formulou a teoria de que os átomos seriam uma esfera com carga elétrica positiva onde estariam dispersos os eletrões suficientes para que a carga total do átomo fosse nula.

Modelo atómico de Rutherford

Mais tarde, Rutherford demonstrou que a maior parte do átomo era espaço vazio, estando a carga positiva localizada no núcleo (ponto central do átomo), tendo este a maior parte da massa do átomo. Os eletrões estariam a girar em torno do núcleo. Rutherford também descobriu a existência dos protões, as partículas com carga positiva que se encontram no núcleo. Este Modelo não explicava porque é que os eletrões não caem no núcleo, devido à atração que apresentam pelas cargas positivas aí existentes.

Modelo atómico de Bohr

Bohr apresentou alterações ao modelo de Rutherford: os eletrões só podem ocupar níveis de energia bem definidos, e os eletrões giram em torno do núcleo em órbitas com energias diferentes. As órbitas interiores apresentam energia mais baixa e à medida que se encontram mais afastadas do núcleo o valor da sua energia é maior. Quando um eletrão recebe energia suficiente passa a ocupar uma órbita mais externa (com maior energia) ficando o átomo num estado excitado. Se um eletrão passar de uma órbita para outra mais interior, liberta energia.
Os eletrões tendem a ter a menor energia possível - estado fundamental do átomo.
 
Modelo da Nuvem Eletrónica (modelo atual)
No núcleo (centro) do átomo estão os protões e os neutrões, enquanto que os eletrões giram à volta dele. A nuvem eletrónica representa a probabilidade de encontrar os eletrões num determinado local do espaço.
Os eletrões de um átomo ocupam determinados níveis de energia (o número de eletrões em cada nível de energia é expresso pela distribuição eletrónica).